Os dados aportam vantagens competitivas àqueles que os detêm. Ao abrir sua palestra no Telco Transformation Latam, evento da Conecta Latam realizado dias 18 e 19/09 no Rio de Janeiro, Thiago Mascarenhas, cientista de dados na ENGINEERING, lembrou os participantes que a informação sempre foi crucial para a competição e que, ao longo da história das civilizações, as nações soberanas sempre foram as que trabalhavam melhor seus dados. “As nações hegemônicas durante a história foram as que mais produziram informações”, ressaltou.
O paralelo faz jus às prestadoras de serviços de telecomunicações, que possuem uma enorme quantidade de dados de altíssimo valor, como dados de geolocalização, área de comunicação, tarifação e outros, e em formatos pré-estruturados, como, por exemplo, CDR. No entanto, há desafios a vencer. Mascarenhas apontou o tempo de armazenamento por lei; as novas regras de segurança de dados; a mudança cultural e as informações acionáveis em tempo real como alguns deles.
Já o caminho para monetização dos dados para as telcos passam pelo entendimento de que os dados são ativos e se estruturam em diferentes níveis. A relevância também precisa ser observada. “Dados estruturados representam pequenas porcentagens, por isto, são relevantes a diferentes businesses”, ressaltou. Outros fatores incluem a confiança e o custo. “A monetização prevê a amortização dos custos, a criação de novas receitas através da exposição dos dados estruturados e enriquecidos a diferentes negócios internos e externos”, explicou.
Para o negócio, Mascarenhas resumiu que a motivação se dá tanto pelo aumento de receita (usando dados para melhorar o desempenho das vendas ou reduzir o atrito ao cliente) quanto pela redução de custos (usando dados para aumentar a produtividade ou reduzir o consumo e o desperdício de matérias-primas ou atividades de baixo valor).
por Roberta Prescott