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Gerenciar múltiplas plataformas use legado com novas redes e leva à monetização de 5G

Por Roberta Prescott

As redes 5G começam a ser realidade na América Latina. E, com a implantação, desafios começam a surgir, além de questões como monetização, legado e casos de uso que vão além da voz e dados. No Telco Transformation Latam 2022, executivos da Red Hat, Telefónica Hispam, Keysight e Telecom Argentina debateram o tema no painel “Gerenciamento de múltiplas plataformas de serviço e bases legadas e caminho de monetização do 5G”, moderado por Ari Lopes, gerente-sênior da Omdia.

Juan Carlos Zeron, diretor de desenvolvimento de negócios para América Latina da Red Hat, assinalou que as operadores têm muitos desafios e para enfrentá-los precisam focar na transformação do cliente, da rede e cultural. “As iniciativas devem buscar virtualização, uma infraestrutura agnóstica e com foco nas aplicações, o que requer elementos das arquitetura que sejam abertas”, explicou.

Um exemplo é vem da Espanha. Conforme detalhou Horacio Marcelo Arricobene, arquiteto principal de rede (SDN/NFV/SD-WAN) da Telefónica Hispam (leia mais aqui), a operadora está se transformando rumo às novas tecnologias, mas de forma controlada para não impactar os clientes. “Uma coisa é instalar antenas de 5G, mas apenas com isso não fazemos nada. É preciso mais um montão de coisas. O caminho é abrir as redes, padronizar e abrir para que outros também gerem casos de uso”, disse.

Rafael Andrade, diretor de soluções para indústria na Keysight, completou que o caminho é não estar amarrado a um fornecedor ou tecnologia. “Falamos de não estar em vendor lock-in, que é um tema técnico, mas também político e corporativo. Em 5G, tem de virtualizar tudo e para isso tem de tomar decisões difíceis, porque algumas empresas não podem trabalhar com certos fabricantes”, assinalou, reforçando que tem de haver um trabalho conjunto entre indústria de telecom, reguladores, governo e operadoras.

“Os governos têm uma grande oportunidade para impulsionar a economia através de políticas públicas com participações de todos os jogadores para resolver a grande de problemas”, completou Arricobene.

E a monetização de 5G passa também pelo desenvolvimento de soluções que mesclam tecnologias. Juan Carlos Zeron, da Red Hat, ressaltou que a combinação de 5G e computação em nuvem gera um espectro amplo de possibilidades de desenvolvimento de aplicações, tanto de consumo como de indústria. “O grande desafio é transformar soluções horizontais em verticais, com estratégia de nuvem híbrida real, ambiente dinâmico e aberto para resolver as problemáticas de forma ágil e ganhar eficiência para ganhar escala”, apontou.

É, segundo Sebastián Guic, expert sênior em acesso móvel 4G e 5G da Telecom Argentina, uma mudança de mentalidade. “5G é mais que evolução de uma tecnologia a outra, é mais que largura de banda; trata-se de um habilitador para fazer qualquer coisa no âmbito pessoal e da indústria. É uma mudança pragmática”, destacou.

Guic contou que o mercado argentino está ávido por 5G, mas ainda não teve leilão. Na Telecom Argentina, ele disse que a telco começou em 2019 a trabalhar com provas em laboratório de 5G DSS e, em 2020, foram feitas provas de conceito na frequência de 3,5 GHz e testando bandas milimétricas na área metropolitana de Buenos Aires. “DSS é muito importante, porque permite o melhor uso do espectro”, disse. Em 2021, a telco desenvolveu provas em laboratório de 5G SA.






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