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5G muda estrutura de competição no setor; infraestrutura e entender o cliente são chave

A quinta geração das telecomunicações é, sem dúvida, um divisor de águas na indústria, mas, até o momento, as prestadoras de serviços de telecomunicações que implantaram redes de 5G ainda não alcançaram a devida rentabilização. “O mercado de telecom está passando por um processo de transformação e o 5G é um dos habilitadores para trazer novas aplicações e novos ecossistemas. Hoje, enfrentamos concorrência não apenas das telcos, mas outros players”, apontou Cesar Santos, CIO da Claro, ao debater no painel “Desafios e oportunidades das telcos nos próximos dois anos”, no Telco Transformation Latam, evento da Conecta Latam, que ocorre nos dias 29 e 30/08, no Rio de Janeiro.


Para Gerardo Gruszka, gerente de serviços móveis em tecnologia de redes e serviços da Telecom Argentina, um caso de uso mais disruptivo está custando a chegar, mas virá com novas tecnologias como realidades aumentada e virtual e metaverso. “A gente investiu muito e pensamos que 5G será o motor de crescimento”, assinalou Gruszka.


Na mesma linha, Melina Sanchez, diretora para telco & mídia na Minsait, ressaltou que o 5G inicia muitas oportunidades de negócios, mas é uma jornada para a qual as empresas têm de se preparar para aproveitar ao máximo as oportunidades. “Velocidade e baixa latência abrem um mundo de facilidades”, disse a execeutiva.

Competição com empresas não-telco

No debate, moderado por Ari Lopes, gerente-sênior de pesquisa para as Américas na OMDIA, ficou claro que a competição atual extrapola os concorrentes tradicionais das telcos. O que, na visão dos painelistas, é saudável, desde que todos os jogadores joguem sob as mesmas regras.


“A competição é saudável e, desde que seja leal, enxergo com bons olhos os entrantes que podem trazer coisas novas”, apontou Cesar Santos, da Claro. A própria operadora está usando players de redes neutras para expandir sua capilaridade. “A base de tudo é o cliente: quem tem o cliente é quem vai sair na frente”, frisou Santos.


Entender as novas demandas dos clientes é chave. “Telecom está em processo de transformação. Temos de repensar como organizamos nosso processo de trabalho para entregar o nível que eles querem”, assinalou Gerardo Gruszka, da Telecom Argentina. “O ponto é como gerar valor agregado sobre a conectividade e o ponto de tudo é o cliente”, acrescentou Melina Sanchez, da Minsait.


E, se um ambiente competitivo eleva o nível como um todo, como se diferenciar? “Vejo a jornada das operadoras se tornando plataformas de serviços. Ora você vai ser competidor e ora parceiro, mas indo além da conectividade e temos de entregar mais valor ao cliente”, pontuou André Costa, diretor de operações da TIM.


Assim, o que vai ditar a competitividade é quem consegue entregar ao cliente maior valor agregado. Mas as telcos, por deter a infraestrutura, podem levar vantagem. “A cada onda onda, tecnologia se aproxima mais telecom; são simbióticas. O momento da convergência das indústrias faz a gente entregar serviços melhores. Mas é fundamental que as regras do jogo sejam comuns a todos do setor”, assinalou Marcio Jesus Silva, vice-presidente e head de B2C da companhia da Algar Telecom.

Na base de tudo Dentro de um espectro mais amplo, a expansão da rede, que levará à evolução do ecossistema e o surgimento de casos de uso, como internet das coisas, indústria 4.0, entre outros, tem como base a infraestrutura de telecomunicações, conforme ressaltou André Costa, da TIM.


“Estamos com 100 cidades cobertas, continuamos expandindo bastante e acreditamos que o mercado vai evoluir. Junto com 5G vem inteligência artificial, uma automação muito grande, daqui a pouco vamos ter micro-ofertas em slicing. Por isso, é importante que a indústria como todo se prepare”, apontou Costa.


O momento da Algar Telecom, disse Marcio Jesus Silva, vice-presidente e head de B2C da companhia, é de expandir a cobertura de 5G usando a frequência de 3.5 MHz. “Estamos fazendo evolução da rede, capturando cada vez mais clientes e olhando também para outras aplicações, para os casos de uso no mercado corporativo, já que a Algar tem o business muito concentrado no B2B. É uma jornada; tem muita coisa para acontecer”, assinalou Silva.



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