Painel do #TelcoTransformationLATAM 2025 aponta tendências no ecossistema de conectividade para reduzir vazios de cobertura
- kaiqueamaral1
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Especialistas debatem o papel social e industrial da conectividade e mostram como parcerias, inovação em modelos de negócio e uso de IA estão ampliando a inclusão digital na América Latina.
Maria Fernanda Amaral
A busca por soluções para ampliar a cobertura e transformar conectividade em inclusão social foi o eixo central do painel “A nova infraestrutura da conectividade: MVNOs, redes privadas e alternativas para superar os vazios de cobertura”, realizado na tarde de 27 de agosto, primeiro dia do Telco Transformation LATAM 2025, no Rio de Janeiro.
A sessão foi aberta com uma provocação do moderador Rudinei Gerhart, Diretor Executivo da tá telecom: “Daqui a um ano, mais do que saber quantos sites foram ativados, quantas vidas passaram a participar dessa inteligência coletiva graças à chegada da nossa rede?”.
O questionamento deu o tom da conversa, conduzindo representantes de operadoras, associações e empresas de tecnologia a mostrarem como novos modelos de negócio e parcerias estão acelerando o acesso à rede em áreas carentes de infraestrutura.
O painel trouxe exemplos de soluções inovadoras. Rocio Villanueva, Presidente da AMOMVAC - Asociación Mexicana de Operadores Móviles Virtuales, destacou a experiência mexicana do Mujer Móvil, um MVNO dedicado a mulheres, que coloca, além da conectividade, a segurança como produto, mostrando a força dos nichos de valor agregado.
Jairo Cruz, Head de Soluções Móveis e 5G da Ligga Telecom, apresentou o projeto da empresa para levar internet a aldeias indígenas e a 80% da rede pública de escolas no Paraná. O executivo ressaltou que ainda existe muita demanda reprimida em regiões onde as grandes operadoras não chegam e que um dos desafios do 5G é alavancar o acesso por meio de parcerias público-privadas e, principalmente, de alianças com ISPs locais.
Para Diogo Câmara, Diretor Executivo Varejo & Empresarial da iez! telecom, o melhor resultado também depende dessa colaboração com provedores regionais: “O detentor de espectro constrói redes, mas é o ISP quem tem reputação, relacionamento e presença local. Essa junção de expertise é essencial para escalar.”
Do lado das redes neutras, André Ituassu, CTIO da I-Systems - empresa responsável pela cobertura do estádio Nilton Santos, o Engenhão - reforçou como a infraestrutura compartilhada permite o uso mais inteligente do espectro sem impactar em perda de qualidade do serviço.
Já Antonio Parrini, COO da EAF, contou que a entidade está em fase de expansão do programa “Brasil Antenado”, que leva cobertura de TV digital aberta de maneira gratuita a áreas sem sinal ou com grande precariedade. Ele também mencionou o projeto voltado a povos originários na Amazônia, viabilizado com recursos do leilão 5G, que leva conectividade a escolas, hospitais e espaços públicos da região.

